A consolidação do INCTI na mais alta esfera da pesquisa científica brasileira é resultado de um grande movimento intelectual e político, multiétnico e multirracial, que articulou acadêmicos, intelectuais, movimentos sociais, organizações indígenas, quilombolas, redes religiosas de matriz africana, associações culturais, artísticas e de ofícios, órgãos públicos, entidades privadas e sociedade em geral, todos articulados na luta pela inclusão étnica, racial e social no ensino superior e na pesquisa.
O INCTI instalou-se em 2009 na Universidade de Brasília, integrando o grupo de 126 projetos aprovados e financiados através do Programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Este Programa foi criado pela Portaria nº 429, de 17 de julho de 2008, edital número 015/2008, publicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).Também em 2009, foi firmada a parceria com o Ministério da Cultura (MinC), que viabilizou a execução do projeto Encontro de Saberes a partir de 2010. Em 2011, deu-se a consolidação da Rede INCTI e o lançamento do Mapa das Ações Afirmativas. Obtivemos menção de Excelência em todos os quesitos na II Avaliação dos INCT realizado em 2017.
O INCTI criou uma nova área de pesquisa no Brasil baseada em teorias, métodos e modelos de intervenção formulados pela nossa rede de pesquisadores, que já se consolidou como um centro de referência do pensamento científico na área de políticas de inclusão étnica e racial no ensino superior, com a parceria do CNPq, do Ministério da Educação e da Fundação de Amparo e Pesquisa do Distrito Federal.
O INCTI se organiza através de uma rede de 152 Pesquisadores, 45 Universidades nacionais e 15 Universidades internacionais e 21 entidades da Sociedade civil, em frentes de atuação que produzem pesquisa e intervenção, simultaneamente, desenvolvendo e acompanhando projetos de pesquisa com observação permanente da inclusão de negros(as) e indígenas no ensino superior e na pesquisa.
Objetivos
1 - Mapear, avaliar e interpretar o efeito das políticas de inclusão étnica e racial no ensino superior de recente implementação no Brasil, especialmente seu impacto nos campos político, epistemológico, sociológico e geopolítico.
2 - Produzir e disponibilizar um corpo de conhecimento que fundamente as propostas e diretrizes governamentais, políticas públicas e programas de ação específicos para a promoção da inclusão e a superação das desigualdades étnicas e raciais vigentes no ensino superior do Brasil e nos países da América do Sul com instituições coligadas ao Instituto.
Metas
O INCTI apresenta em seu quadro de ações, um conjunto de metas amplas conforme estabelece o programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, vinculados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre as metas do INCTI estão previstas: pesquisa, leitura e interpretação de dados; publicação e produção de livros e periódicos, prioritariamente de intelectuais negros e indígenas; organização de seminários temáticos; realização de diagnósticos das políticas de inclusão no ensino superior; participação e articulação nacional e internacional para o fortalecimento das políticas de inclusão nas universidades, dentre outras atividades.
O projeto original abrange metas a longo, médio e curto prazo, com previsão de conclusão em ciclos de atividades de três anos, prorrogáveis por até cinco anos. Uma das principais metas do Instituto é a constituição de um Observatório Nacional, contendo um Banco de Dados completo das políticas de inclusão no mundo acadêmico do Brasil e dos países da América do Sul que fazem parte da rede de pesquisadores do Instituto. Esse observatório foi criado e será atualizado periodicamente a partir do trabalho dos pesquisadores do Instituto, de seus associados e de seus colaboradores temporários ou eventuais.
O Encontro de Saberes, outra meta central, tem como base as diretrizes curriculares das políticas de Educação e Cultura, em uma parceria inédita, que articulou duas instâncias estatais com demandas da sociedade surgidas a partir da política de cotas nas universidades públicas. Trata-se de uma tecnologia de inclusão epistêmica inédita, completamente desenvolvida pelo INCTI, com o aporte de seus principais pesquisadores, veteranos em iniciativas de inovação na área das Ciências Sociais Aplicadas. Há dez anos o Instituto de Inclusão desenvolve, aplica e transfere essa metodologia inovadora para outras universidades e para instituições de ensino fundamental e médio.
Comitê Gestor
Coordenador - José Jorge de Carvalho; Universidade de Brasília
Vice-Coordenador - Kabengele Munanga; Universidade de São Paulo
Rede Nacional do INCTI
Universidade de Brasília(UNB)
Ministério da Educação (MEC)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (IPEA)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Estadual de Londrina(UEL)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( UERJ)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros (ABPN)
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFBA)
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) campus Ceará e campus malê Bahia
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Federal de São Paulo ( Unifesp)
Universidade Federal de São Paulo(USP)
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia ( UFRB)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Uberlândia(UFU)
Universidade Federal de Juiz de Fora(UFJF)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Universidade Estadual do Ceará(UECE)
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Universidade Federal do Pará ( UFPA)
Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal de Roraima(UFRR)
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Associações dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
Coordenação das organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB)
Associações do Movimento Negro, como a UNEGRO
Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras e Rurais Quilombolas (CONAQ)
Articulação Pacari de Plantas Medicinais
Rede de Parteiras do Centro Oeste
Rede Internacional do INCTI
No biênio de 2018 a 2022, nos direcionamos à internacionalização e estamos presentes através de conferências, seminários e pesquisa compartilhada no Equador, na Colômbia, na Áustria, em Moçambique, no Quênia, em Tai Wan, na Austrália e no Canadá. Assim, assumimos o protagonismo a nível internacional de uma demanda ampla sobre a forma de promover as ciências na academia. Com a chancela do maior programa de avanço da ciência desenvolvido no Brasil, que abarca mais de 100 INCTs, majoritariamente nas ciências exatas, o INCTI, da área de Humanas e Sociais Aplicadas tem capitaneado uma iniciativa de transformação epistêmica potente e vigorosa em escala praticamente mundial.
Guildhall School of Music & Drama – Londres – Reino Unido
Universidade Cabo Verde – Santiago – Cabo Verde
Universidade Paris X – Nanterre – França
Ministério do Desporto, Cultura e Patrimônio - Quênia
National Dong Hwa University – Taiwan
National Chiayi University – Taiwan
Instituto de Estudos Indígenas – Universidade de Melbourne – Austrália.
Universidade Licungo – Quilimane, Moçambique.
Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC) - Maputo, Moçambique.
Instituto Colombiano de Antropologia e História, com apoio do Colciencias (equivalente do CNPq).
Museu Nacional de Etnologia do Japão em Osaka.
Projeto Piloto de Formação de Pesquisadores em Música, do Ministério da Cultura da Colômbia.
International Council for Traditional Music (ICTM) - Áustria.
Society for Ethnomusicology (EUA).
Universidade da Música e das Artes Performativas de Viena (MDW), Áustria.
Universidade Cape Breton - Nova Scotia - Canadá
Universidade de Aveiro - Portugal